À espera do Pai

O MEDO DA ORGANIZAÇÃO.

Existe no meio cristão a prática da opinião radicalizada, seja qual for o assunto a mensagem geralmente é dita nos moldes extremistas. Não é diferente com a questão das nomenclaturas e organizações eclesiásticas, ou seja, com os nomes e inscrições dados as igrejas.

Há o radicalismo de dizer que igreja sem nome ou sem CNPJ (cadastro nacional de pessoas jurídicas), não é igreja séria; assim como também há o radicalismo do anonimato, os que fogem como loucos de qualquer nome ou institucionalização dada a igreja.

Seja qual for a opinião, uma coisa é certa: TUDO DEMAIS FAZ MAL, implicando que se o anonimato se torna uma bandeira, a igreja dos anônimos, então, se faz tão preconceituosa quanto a dos que tem nome.

A temática do partidarismo na igreja, não é de hoje. Paulo já alertava em suas cartas sobre o perigo da torcida organizada em nome de CRISTO, ou de PAULO ou de CEFAS ou de APOLO,,,,

Hoje em dia isso funciona um pouco diferente, usando em lugar de nomes de pessoas, o nome de igrejas, ou seja, o dano continua o mesmo, só mudou de nome! EU SOU DA IGREJA TAL, EU SOU DO GRUPO TAL, EU SOU DA COMUNIDADE DO FULANO,…

A igreja não tem dono na terra, nem mesmo tem assessor do dono na terra que não seja o Espírito Santo de DEUS.

A organização invisível da igreja só DEUS conhece, contudo, aos homens não foi dado o poder de discernir a igreja verdadeira do grupo chamado , costumeiramente, de igreja; ademais, a confusão é tão grande que muitos ainda confundem igreja com tempo e com pasto e vice-versa.

A estrutura da igreja é feita nos corações remidos pelo sague de Cisto, a organização está escrita no livro da vida e a constituição da igreja é de pessoas transformadas pelo evangelho.

Portanto, mesmo que se nomeio ou que não se nomeie, a bem da verdade não gera mudança alguma no plano espiritual, posto que não há nome que esteja acima do nome, ou seja, não há nome de nada, inclusive de igreja, que esteja acima do nome de JESUS CRISTO.

A necessidade de organizar-se legalmente uma igreja é algo normal e sem perigos ou consequências espirituais para os que assim escolhem fazer, o perigo é na verdade o da confusão religiosa.

Vale o conselho de cautela para com a legislação, até mesmo para que se cumpram com segurança as atividades da igreja. Chega um momento que não há como se manter irregular, é até perigoso, além de tolice. Não se pode confundir a igreja com algum grupo revolucionário.

A igreja deve ser organizada e bem cuidada, inclusive do ponto de vista legal, tendo seu cadastro nos órgãos competentes, patrimônio e bens próprios, nomes dos responsáveis e tudo mais.

Instituir sem virar instituição, estruturar sem se tornar estrutura, organizar-se sem se tornar organização, assim deve proceder a igreja.